tijolices

Para ir sendo construído, disse eu no início. A obra acabou.

Nome:
Localização: Lisboa, Portugal

segunda-feira, janeiro 31, 2005

Dilemas...

Como podemos aos jovens exigir certezas na tomada de decisões, quando nós, no outono da vida, tantas dúvidas temos?
(imagem:www.allposters.com)

domingo, janeiro 30, 2005

Pressa

Hoje olhei para o terraço e desejei que fosse Primavera...


sábado, janeiro 29, 2005

Esperança

Gostava de viver o que não vivi. De fazer o que não fiz. De ser diferente do que sou. Não é um lamento do presente, um "gostava de ter vivido, de ter feito, de ter sido" no passado. É uma promessa de que viverei, farei e serei, no futuro.
(foto:www.thousandimages.com)


sexta-feira, janeiro 28, 2005

"Há no meu peito uma porta"


Há no meu peito uma porta
A bater continuamente;
Dentro a esperança jaz morta
E o coração jaz doente.
Por toda a parte onde eu ando,
Ouço este ruído infindo:
São as tristezas entrando
E as alegrias saindo.
(José Albano)

(foto: www.thousandimages.com)

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Luz

A eterna busca.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Porque sim...


... e porque não.

terça-feira, janeiro 25, 2005

"Embirritações"



Por que será que...
... para ler a bula, abrimos sempre a caixa do medicamento pelo lado errado?
... as máquinas avariam, por regra, ao fim-de-semana?
... a fila do lado, no supermercado, anda mais depressa que a nossa?
... alguns empatas não começam logo a meter as compras nos sacos?
... os automobilistas desatam a buzinar quando isso nem sempre adianta?
... chove depois de lavarmos o carro?
... ou as janelas?
... a água falta quando já estamos ensaboados?
... com tantos canais, às vezes não há nada de jeito para ver na televisão?
... os vizinhos vêm pôr o lixo no nosso contentor para não sujarem o deles?
... os não-fumadores se sentam na zona de fumo e depois queixam-se?
... ainda há tanta gente a entrar depois de começar o espectáculo?
... eu ainda embirro com estas coisas?


segunda-feira, janeiro 24, 2005

Simples

"O sorriso enriquece os recebedores
sem empobrecer os doadores."
(Mário Quintana)
(Foto: Carlos Pinto Coelho)

domingo, janeiro 23, 2005

Sótão da vida

Restos de dias, de pensamentos, de sonhos, guardados numa lata ferrugenta que de vez quando abrimos mas nunca temos coragem de deitar fora.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Cerejas cristalizadas




Uma prenda do meu mano. Obrigada, Jorge.

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Contracapa

Linda, não era?

terça-feira, janeiro 18, 2005

Posfácio

Está na altura de revelar "quem" foi a verdadeira Mitsou. Aos que não a conheceram, bem entendido. Tal era a nossa amizade, que cheguei a pensar em escrever um romance autobiográfico no qual fosse ela a narradora. Atenta e presente em 22 anos da minha vida, o papel assentava-lhe como uma luva. Mas eu queria manter o segredo da sua identidade até à última página. Queria que ela fosse uma personagem misteriosa, ambígua. Interveniente na história mas de forma discreta. Paciente e meiga mas senhora do seu nariz. Amiga de todas as horas mas ciosa da sua independência. Dedicada mas não possessiva. Alegre, brincalhona, companheira, serena e silenciosa. Porque, afinal, como descobriria o leitor na última página, era uma gata siamesa.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Apelo para a Humanidade

Subscrevo, aqui:

FRATERNIDADE

domingo, janeiro 16, 2005

Insónia

Sem sono e sem inspiração, deixo aqui esta imagem e votos de um Óptimo Domingo!

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Ziguezagues

Todos nós já passámos por isso. Normalmente, há uma troca de sorrisos mais ou menos constrangidos. Estou a falar da situação em que nos cruzamos com alguém num passeio e ficamos, por instantes, naquele balancé dos dois para a direita, os dois para a esquerda. Aconteceu-me hoje e lembro-me sempre de dois casos. Num, a minha prima, doce e meiga mas muito prática, às tantas vira-se para o sujeito, estica o braço e diz-lhe «Fique aí, quieto, e passo eu!» No outro, foi o meu cunhado que, de visita ao Porto, ouviu de uma boca feminina o lapidar «Poças pró tango!»

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Shall we dance, Mr. Clark?


Gosto dele, pronto!

quarta-feira, janeiro 12, 2005

"Ar de Inverno"


(www.naturepostcards.com)

Aves do mar que em ronda lenta
giram no ar, à ventania
gritam na tarde macilenta
a sua bárbara alegria.

Incha lá fora a vaga escura,
uiva o nordeste aflitamente.
Que mágoa anónima satura
este ar de Inverno, este ar doente?

Alma que voga a gemer
na tarde anémica, de vento,
como se infiltra no meu ser
o teu esparso sofrimento!

Que viuvez desamparada
chora no ar, no vento frio,
por esta tarde macilenta
em que a esperança se esvaiu...

Roberto de Mesquita

terça-feira, janeiro 11, 2005

Afectos

No dia 13 de Dezembro, disse-me, aqui:
" (...) Depois de verificar mais uma vez a Obra, decidi apresentar os meus parcos recursos. Quer seja em restauração, pinturas novas, som, decoração ou o mais que te aprouver. Não faço orçamentos nem vou a casa. Mas basta uma palavra tua e estarei aqui enquanto o diabo esfrega um olho. Um amigo teu, às ordens. (...)"
Todos lhe conhecemos a solidariedade, o carinho, a sensibilidade, enfim, esse querer-bem atento e desvelado com que diariamente nos mimoseia.
É, com certeza, o paradigma da Amizade "blogosférica". É para ele, o nosso Eduardo, o meu enorme e sincero bem-hajas!

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Novidade

De início nem reparei. Era um pequeno inchaço no mindinho da mão direita. Como tinha andado a jardinar, pensei, se calhar piquei-me na trepadeira ou fui mordida por algum bicharoco. Depois aconteceu o mesmo ao da mão esquerda. Como já tive tantas "ites", pensei, deve ser uma "mindinite". E só ontem, à conversa com amigos conhecedores da maleita, descobri o que era. Pois é, pela primeira vez na vida (mas contando apenas os últimos 24 anos de hemisfério norte) estou com frieiras.

domingo, janeiro 09, 2005

Descanso



VOTOS DE UM BOM DOMINGO


sábado, janeiro 08, 2005

Purismos

Cada vez é mais usado e, pior ainda, por pessoas que não deviam fazê-lo (ou, como agora se diz, "não seriam supostas" fazê-lo). De tal forma se generalizou que eu, por via das dúvidas, fui confirmar ao dicionário. E lá está: adj. que não se pode medir ou contar; enorme; ilimitado; indefinível; numerosíssimo; adv. muito; desmedidamente. Ora, se é assim, por que se ouve dizer, a torto e a direito, "imensas pessoas", "imensos donativos", etc. etc.? Que aconteceu ao "muito", ao "numeroso", ao "inúmero"? Soa-me mal mas admito que seja mais uma das minhas embirrações. Imensa, esta.

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Acontece aos melhores


Obrigada, Titas.

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Instantâneos familiares

A minha avó materna vivia connosco e era muito doente. Eu herdei-lhe o nome e aos 16 anos foi-me diagnosticado o, então misterioso e temível, Lúpus. Durante umas semanas, a minha mãe viu-se obrigada a telefonar para dois médicos, identificando-se ora como mãe, ora como filha, da paciente. Um dia, vencida pelo cansaço, pela angústia, e momentaneamente baralhada com a homonímia, liga para o da minha avó e diz: Boa tarde, doutor Gamboa, fala a filha da mãe...!

quarta-feira, janeiro 05, 2005

Retribuição

Sem palavras

terça-feira, janeiro 04, 2005

Vislumbre

O olhar fixo e baço. Apagado de tristeza. O gesto maquinal de pegar na chávena, levá-la aos lábios, beber o chá que entretanto arrefecera. A mão trémula com que torna a pousá-la no pires. E o olhar sempre fixo. Até se iluminar de lágrimas quentes numa tarde fria de Inverno. Na vozeada do café cheio de gente, escuto o mudo clamor dessas gotas cheias de nada.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Reencontro

Não...ainda não vou a meio. Abriu-se hoje, na primeira página. Mas, como já nos conhecemos, está tomado o pulso. Tem um estilo solto, coloquial, despojado e por vezes hilariante. Sentamo-nos à secretária. Ela traz-me um novo romance. Eu crio um novo ficheiro no Word e, o mais fielmente possível, rescrevo-lho com palavras minhas.

domingo, janeiro 02, 2005

Wishfulness

A paisagem é agreste, uma aridez ilusória, um isolamento inspirador, um local procurado por quem busca a solidão para, nas palavras, verter estados de alma, reflectir, aprender, trocar experiências, partilhar o amor pela escrita. Um refúgio espartano mas acolhedor no sorriso de quem nos recebe, na cumplicidade de quem o elege, na empatia dos gostos, na diversidade de culturas. É assim o Writers' Place, nos Cliffs of Moher, Irlanda. Hei-de lá ir, um dia, escrever as minhas palavras. Entretanto, vou escrevendo as dos outros. E amanhã tudo recomeça...
(photo: www.salmonpoetry.com)

sábado, janeiro 01, 2005

Beijo

(www.angel-images.bigstep.com)
Sem legenda