"Ar de Inverno"
(www.naturepostcards.com)
Aves do mar que em ronda lenta
giram no ar, à ventania
gritam na tarde macilenta
a sua bárbara alegria.
Incha lá fora a vaga escura,
uiva o nordeste aflitamente.
Que mágoa anónima satura
este ar de Inverno, este ar doente?
Alma que voga a gemer
na tarde anémica, de vento,
como se infiltra no meu ser
o teu esparso sofrimento!
Que viuvez desamparada
chora no ar, no vento frio,
por esta tarde macilenta
em que a esperança se esvaiu...
Roberto de Mesquita
3 Comments:
...que as tardes nunca sejam macilentas para que a esperança nunca se esvaia... :)*
Estou de passagem mas voltarei logo logo... pedevento.blogs.sapo.pt
Valeu a pena ter entrado aqui... Ler este poema ao som desta música e olhando para esta paisagem... Soberbo!
Abraço :-)))
http://eternamentemenina.blogs.sapo.pt/
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