tijolices

Para ir sendo construído, disse eu no início. A obra acabou.

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quarta-feira, janeiro 12, 2005

"Ar de Inverno"


(www.naturepostcards.com)

Aves do mar que em ronda lenta
giram no ar, à ventania
gritam na tarde macilenta
a sua bárbara alegria.

Incha lá fora a vaga escura,
uiva o nordeste aflitamente.
Que mágoa anónima satura
este ar de Inverno, este ar doente?

Alma que voga a gemer
na tarde anémica, de vento,
como se infiltra no meu ser
o teu esparso sofrimento!

Que viuvez desamparada
chora no ar, no vento frio,
por esta tarde macilenta
em que a esperança se esvaiu...

Roberto de Mesquita

3 Comments:

Blogger lobices said...

...que as tardes nunca sejam macilentas para que a esperança nunca se esvaia... :)*

12 janeiro, 2005 19:04  
Anonymous Anónimo said...

Estou de passagem mas voltarei logo logo... pedevento.blogs.sapo.pt

12 janeiro, 2005 21:37  
Blogger Menina Marota said...

Valeu a pena ter entrado aqui... Ler este poema ao som desta música e olhando para esta paisagem... Soberbo!
Abraço :-)))
http://eternamentemenina.blogs.sapo.pt/

24 janeiro, 2005 16:24  

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