tijolices

Para ir sendo construído, disse eu no início. A obra acabou.

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Localização: Lisboa, Portugal

terça-feira, janeiro 04, 2005

Vislumbre

O olhar fixo e baço. Apagado de tristeza. O gesto maquinal de pegar na chávena, levá-la aos lábios, beber o chá que entretanto arrefecera. A mão trémula com que torna a pousá-la no pires. E o olhar sempre fixo. Até se iluminar de lágrimas quentes numa tarde fria de Inverno. Na vozeada do café cheio de gente, escuto o mudo clamor dessas gotas cheias de nada.

3 Comments:

Blogger lobices said...

"...gotas cheias de nada"...?... ohh, gotas tão cheias de tudo... :)*

04 janeiro, 2005 16:36  
Blogger molin said...

Pois, pois... estamos muito niilistas!
A vida, por si só, é cheia de tudo. Tudo mesmo. Ainda para mais numa pessoa como tu.
E não me venhas com a treta de que quem vê caras não vê corações, porque não precisamos de ver a tua carinha para sentir o teu coração doce.
Eu próprio estou derretido ao escrever estas singelas palavras...

jinhos

04 janeiro, 2005 19:53  
Blogger Mitsou said...

ehehehehe...que bem que faz ao ego esta ciumeira dos amigos! beijinhos, meus lindos!

06 janeiro, 2005 11:10  

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