tijolices
Para ir sendo construído, disse eu no início. A obra acabou.
quarta-feira, novembro 30, 2005
Estou com um grande problema. Como é que eu hei-de levantar-me às cinco da manhã, para uma das minhas madrugadas tijolísticas, se é quase uma e ainda aqui estou sentada ao computador? Ora essa, dirão alguns, trabalha agora e dormes amanhã. Eu sei, são as duas grandes vantagens da minha profissão: não ter horário nem patrão. Pois. Horário não tenho mas, para cumprir prazos, há que traduzir um número de páginas por dia. E o patrão é a vozinha que me manda dormir quando estou para aqui entretida nas bloguices. Sou como a Olívia empregada e a Olívia patroa (era Olívia, não era?). Como eu ia dizendo…pronto, agora deu-me a fome. Lá terá de ser. Um cafezinho com leite (mais cafeína) e uma torrada (ou duas). E por que é que eu não trabalho agora? É muito simples: porque estou cansada depois de um dia (quase) todo a tijolar. Mas o diacho do atraso inicial ainda não foi recuperado (um arranque difícil, desta vez). Estou quase na média diária e é para lá chegar que faço as ditas madrugadas. Em vez de serões. Porque gosto de ver nascer o dia. Ah, e porque à tarde dá-me o sol em cheio aqui na secretária e tenho de aproveitar bem a manhã. Perguntarão agora, se tiveram a pachorra de ler até aqui: e à tarde não trabalhas? Claro que sim mas é um trabalho diferente, de pesquisa, investigação, de leituras e consultas que as traduções nos exigem e que gosto de fazer já com a quota diária cumprida. E por fim, perguntam todos: e o que é que a gente tem a ver com isso? Nada. Hoje deu-me para isto…que se há-de fazer? (Ir dormir, por exemplo.)
BOM DIA!
segunda-feira, novembro 28, 2005
Simples
Às vezes apetece tanto. Apetece e é o bastante. Para nos sentirmos reconfortados, alentados, para serenar inquietudes, calar gritos de medo, secar lágrimas de tristeza. Sempre me fascinou o seu grande poder. De tão simples que é. Também o há de circunstância, mera formalidade. Mas falo do outro, o espontâneo, adivinhado, sentido, desejado. Porque esse só pode transmitir afecto, ternura, carinho, amizade, amor. Depende de quem o dá. Mas quem o recebe, grato nunca o esquece. Esse abraço que às vezes tanto apetece.
sexta-feira, novembro 25, 2005
segunda-feira, novembro 21, 2005
...!
Foi uma longa espera. Mas certas coisas têm de levar o seu tempo. Mesmo sabendo isso, sentia-me triste quando olhava para lá. Era um vazio palpável. Nestes quatro meses, aos poucos, a casa foi ficando mais acolhedora, quase completa. Quase, porque só faltava ele. E houve muito cuidado na escolha, minúcia na busca. Então, finalmente encontrei-o. Ainda demorou duas semanas a chegar. Mas agora os meus olhos brilham todas as manhãs quando o vejo. Lá está ele. Alegre e caloroso. Na parede, por cima do sofá. O quadro que faltava.
sábado, novembro 19, 2005
SEGUNDO ANIVERSÁRIO
Que mais dizer a uma pessoa tão Especial, num dia como o de hoje?
Que dizer, que não tenha sido já dito por todos que o admiram e por ele nutrem tamanho afecto?
Que mais dizer das suas Meiguices de Lobos que tanto nos enternecem?
Que dizer do mago das palavras, cuja sensibilidade e ternura nos provam que Amar é o Caminho?
Pois eu resumo assim:
... Dou-te um beijo doce e esta rosa ...
... porque te adoro, Quim...
PARABÉNS, LOBICES!
sexta-feira, novembro 18, 2005
Viver
"A vida é uma mesa posta, com venenos mortais, pratos insossos e outros deliciosos. Alguns conscientemente escolhem veneno, achando que viver é sofrer, e ponto final. Outros comem -- e vivem -- sem sal.
Mas há os que, quando podem, pegam nas delícias da vida e assim se salvam da areia movediça da depressão.
Espero que não aches que o prazer é ruim. Opta pelo positivo. Faz por seres um pouco feliz, entusiasma-te por alguma coisa possível de atingir dentro dos teus condicionalismos, faz um esforço para te libertares do pessimismo.
Pensar sempre negativamente torna-se uma doença, uma osteoporose da alma."
Lya Luft ,"Pensar é Transgredir" (Editorial Presença)
quarta-feira, novembro 16, 2005
Haja calma...!
Como diz o meu amor, há dias "0" e dias "1".
Já ando nos zeros há uma data deles. Vejamos:
-- o pc voltou para o estaleiro, o que significa trabalhar num portátil onde me faltam muitas coisas que ficaram no malfadado (textos, fotos e músicas);
-- tentei tratar um abcesso com Tantum Verde e Maxilase mas só mesmo o dentista me vai valer (e quem me conhece sabe o pavor que esses senhores me inspiram; injustificado, eu sei, mas é assim e sempre será...);
-- e outras "cositas más" aqui em casa (arranjos e acertos) que me andam a bulir com os nervos.
Resta-me, portanto, aguardar a chegada do dia "1" e ir serenando com uma música destas :)
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segunda-feira, novembro 14, 2005
sexta-feira, novembro 11, 2005
Sintonia
Há dias em que as palavras não saem. Dias em que gostaríamos de gritá-las ao mundo. Mas elas teimam em não sair. Ficam presas algures, entre o cérebro e a ponta dos dedos que martelam as teclas. Penso nisso e descubro o local exacto onde se encontram. Sorrio, então. Deixo-as lá ficar. Estão bem. Aconchegadinhas e felizes, namoram com outras. Presas noutro coração.
BOM FIM-DE-SEMANA
quarta-feira, novembro 09, 2005
Poupança-reforma
As boas recordações adoçam-nos, no futuro, os momentos de tristeza e amargura. Por isso mesmo devemos criá-las no presente. Como um PPR de afectos. Basta irmos depositando sorrisos, beijos, abraços, palavras amigas, gestos de amor e carinho.
segunda-feira, novembro 07, 2005
Embarque imediato
Estou de abalada. Muito gosto eu de viajar. Ficou-me dos anos de técnica de turismo. Anos de experiências maravilhosas, conhecimento de pessoas e destinos que tanto me enriqueceram. Depois, mudei de profissão. Troquei tudo isso pela pacatez da casa, o silêncio de um cantinho onde só se ouve o bater das teclas do computador e a música em surdina. Sem telefones, faxes, elaboração de itinerários, emissão de bilhetes, sem aeroportos, aviões, hotéis, visitas de estudo. Agora as viagens são diferentes. Nalgumas revisito locais conhecidos, recordo peripécias; noutras parto à descoberta. Sempre com o mesmo entusiasmo. Hoje, depois de uma estada nos bayous do Mississípi e de um saltinho a Veneza para rever o comissário Brunetti, eis-me novamente de partida. Desta feita, para a vastidão de lagos e florestas do “escandinavo” Minnesota. Yah! Vou passar três meses a Duluth, cidade de historial mineiro e gentes afáveis e serenas. Em convivência diária com outro grupo de personagens que já me conquistou na habitual leitura prévia. São estas, agora, as minhas viagens. Organizadas pela imaginação e talento dos Autores. Levando comigo uma mala de memórias ou, como neste caso, sem excesso de bagagem mas com muita curiosidade, faço o check-in e a porta de embarque é o novo .doc que abro no Word.
sexta-feira, novembro 04, 2005
quinta-feira, novembro 03, 2005
Plenitude
Por que nos amordaçamos desta maneira? Por que será mais fácil um desabafo de mágoa e desânimo do que uma manifestação de pura e simples felicidade? Porquê este pudor? Este recato nos sentimentos positivos? O quase-medo de dar a conhecer alegrias que nos fazem sorrir e nos iluminam o olhar? Porquê esta tristeza tão lusitana? Por que não hei-de gritar “Estou feliz!”? Estou mesmo e quero partilhar esta alegria com todos vós. Sem pudor, recato ou medo. Apenas com uma enorme sensação de liberdade.
quarta-feira, novembro 02, 2005
Despique
Acordei sobressaltada. Neste meu “T” tão sossegado, onde apenas escuto o chilrear da passarada e as bulhas da gataria, raramente se ouve música e ainda por cima tão alto. Por isso, ainda estremunhada ao ouvir esta que também tenho no wmp, pensei: Queres ver que te esqueceste de desligar o computador ontem à noite? Vai lá tomar as gotas, anda! Mas não. Era um vizinho meu de gostos musicais idênticos e janela aberta.