tijolices
Para ir sendo construído, disse eu no início. A obra acabou.
terça-feira, maio 31, 2005
segunda-feira, maio 30, 2005
Tempo
O sono como refúgio. Um despertar que tarda. O riso que disfarça ansiedades. Palavras medidas e pensadas. O recato nas emoções.
A espera…
sábado, maio 28, 2005
Alegria de viver
Com esta imagem estavam à espera de uma música calma, não é?
Pois então fiquem com a energia do sexagenário Rod, the Mod :)
ÓPTIMO FIM-DE-SEMANA!
sexta-feira, maio 27, 2005
Weird
Gesticulava, empolgada na discussão. Sempre a andar pelo passeio, até à esquina. Os carros paravam na passadeira mas ela não atravessava. Tal como eu, os condutores olhavam-na surpreendidos. Do quiosque dos jornais, observei-a melhor, embora só a visse de costas. Uma mulher ainda jovem, bem vestida e bem calçada. Cabelos compridos, brilhantes e bem tratados. Mas a falar sozinha? E sempre a mexer os braços? Estranho… Só quando me pus ao lado dela, para atravessar, é que vi o “bluetooth” entalado na orelha, que os cabelos tapavam parcialmente. Um kit mãos livres? Mãos livres para quê? Ah, pois, para gesticular!
quinta-feira, maio 26, 2005
quarta-feira, maio 25, 2005
Reflexos
Ecos do passado reflectindo-se no presente e iluminando o futuro.
(Foto:www.thousandimages.com)
( Música:"Daydream", Wallace Collection, 1969)
terça-feira, maio 24, 2005
segunda-feira, maio 23, 2005
Sono
Apetece-me ficar na cama. Acordar devagarinho. Espreguiçar-me, alheia aos barulhos da rua. Entreabrir os olhos na penumbra do quarto. Sentir o cheiro do café acabado de fazer. Ouvir a música a tocar baixinho. Receber uma bandeja com o pequeno-almoço e o jornal...Trimmmmm! Maldito despertador. Pronto, lá está a carrinha das entregas a entupir a rua. As buzinadelas do costume. A música aos berros, do vizinho do lado... Café? Vai tu fazê-lo!... E vou mesmo. Que remédio. Ai, mas apetece-me tanto ficar na cama!...Tivesses ficado ontem, que era domingo. Estiveste a trabalhar, não foi? Pateta! Vá, toca a levantar e deixa-te de ronhas. Hoje, vê lá se te deitas mais cedo. Senão, amanhã temos a mesma conversa. Mas um dia destes não te acordo. Faço-te a vontade. Quando? Quando acabares o tijolo, ora!
domingo, maio 22, 2005
Não há bela sem senão...
“A Internet veio ajudar ou atrapalhar a filosofia?
Penso que a Internet está muito ligada à questão de se estar só. Torna-se cada vez mais difícil uma pessoa ficar sozinha com os seus pensamentos, desenvolvendo as suas ideias independentes. (…) Somos permanentemente bombardeados pelas ideias alheias. E a Internet é um passo naquela direcção: tudo e todos estão lá. É como agora os aviões terem pequenos televisores em cada assento — já não podemos estar na cabina com as nossas divagações pessoais ou simplesmente contemplando a paisagem. Há sempre alguém perto…”
Alain de Botton, em entrevista ao Expresso (21 Maio 05) a propósito do seu último livro “Status Ansiedade”.
Penso que a Internet está muito ligada à questão de se estar só. Torna-se cada vez mais difícil uma pessoa ficar sozinha com os seus pensamentos, desenvolvendo as suas ideias independentes. (…) Somos permanentemente bombardeados pelas ideias alheias. E a Internet é um passo naquela direcção: tudo e todos estão lá. É como agora os aviões terem pequenos televisores em cada assento — já não podemos estar na cabina com as nossas divagações pessoais ou simplesmente contemplando a paisagem. Há sempre alguém perto…”
Alain de Botton, em entrevista ao Expresso (21 Maio 05) a propósito do seu último livro “Status Ansiedade”.
sábado, maio 21, 2005
sexta-feira, maio 20, 2005
Predestinação
Já uma vez me chamaram complicada. Na altura, doeu muito e achei que a razão estava do meu lado. Mas o tempo passou. E ensinou-me. Agora, todos os dias faço um esforço para simplificar a minha vida. E não é que está a dar resultado? Descubro, assim, os pequenos nadas, o sorriso espontâneo das alegrias breves mas intensas, o aceno do futuro que me chama docemente. E sigo o meu caminho, leve e serena, porque será o que tiver de ser...
...Simplesmente.
quinta-feira, maio 19, 2005
quarta-feira, maio 18, 2005
terça-feira, maio 17, 2005
segunda-feira, maio 16, 2005
Interrogação
Por que me invade esta tristeza? Quando o sol brilha?
Quando o futuro me sorri?
Porquê?
domingo, maio 15, 2005
sexta-feira, maio 13, 2005
quinta-feira, maio 12, 2005
Para sacudir mágoas e penas...
...e sorrir à vida!
(Foto carinhosamente enviada pela Ni. Obrigada, Amiga)
quarta-feira, maio 11, 2005
terça-feira, maio 10, 2005
segunda-feira, maio 09, 2005
Associação de ideias
Pois é…com 20 comentários tinha mesmo de cá vir dizer qualquer coisa.
Ontem à noite, fui jantar a Baton Rouge e quando os vi...
Ontem à noite, fui jantar a Baton Rouge e quando os vi...
… lembrei-me logo dos da minha terra. E das cariladas que fazíamos ao domingo.
Agora, para acompanhar o post nostálgico…
Ok, não são os Shadows mas parecem mesmo, não? :)
domingo, maio 08, 2005
Comunicado
A obra está atrasada. E o prazo tem de ser cumprido. Portanto, para poder acabá-la a tempo de gozar umas férias assim...
... desta vez é mesmo: Pelo menos uma semana de ausência. Talvez mude a música de fundo e tentarei visitar os amigos. Para todos, um enorme beijinho de amizade e gratidão!
sábado, maio 07, 2005
Partidas e Chegadas
A angústia da espera, disfarçada em gracejos, em provocações veladas, para não apressar o curso do rio. Deixar fluir. Aguardar. Uma serenidade que se deseja mas que o coração teima em contrariar. Alvoroço dos sentidos numa quietação aparente. A melodia que, cúmplice, acompanha os sorrisos expectantes. A maturidade, também, para aceitar que nem todos os trilhos conduzem ao destino almejado. Mas que a viagem, só por si, já vale a pena.
Mitsou (No Baú da Vida)
Mitsou (No Baú da Vida)
sexta-feira, maio 06, 2005
quinta-feira, maio 05, 2005
Quietação
Frescura de água cristalina
Riso de silêncio dolente
Brilho de luz opalina
Seiva de alma pungente.
Serena, te acolho
Paz que te quero minha
Hoje e para sempre.
quarta-feira, maio 04, 2005
terça-feira, maio 03, 2005
Crocos e outras bichezas...
...neste bayou aonde o tijolo me trouxe :)
(foto: http://community.webshots.com)
segunda-feira, maio 02, 2005
domingo, maio 01, 2005
Dizer-te...
É uma conversa que nunca tivemos. Muitas outras sim, mas esta não. Estranha conversa, porém. Eu falo e tu ouves. Como sempre me ouviste. Quando era preciso ouvir. Sempre me protegeste. Até de mais, por vezes. Mas és assim e eu aprendi a aceitar. Apoiaste sempre, incondicionalmente, as decisões que tomei. Também tivemos discussões. Das quais me arrependo amargamente. Mas, sabes, são daquelas coisas que só acontecem entre duas pessoas que se amam. E por isso se perdoam. E tu perdoaste sempre. As nossas vidas não foram fáceis. Os dramas da minha foram por ti vividos com duplo sofrimento. E sei que, em ti, a dor foi sempre maior. A tua força, nessa aparente fragilidade, serviu-me de exemplo. Nem sempre te agradeci como devia. Nunca te disse, assim com a frase certa, o quanto te amava. E devia ter dito. Muitas vezes. Talvez por um certo pudor em dizê-lo, não sei. Penso que foi isso, um mal da minha geração. Ou talvez por pensar que bastava traduzir em gestos esse amor e essa gratidão. E logo eu, que trabalho com as palavras. Por que não as disse ao longo destes anos todos? Por que estou agora a escrevê-las e não tas digo de viva voz? Vou dizer, sim. Mas também quero que fiquem escritas. Aqui. Peço-te, por isso, que te sentes na minha cadeira, olhes para o monitor e leias o que acabo de escrever. Depois vou dar-te um abraço muito apertado, um beijo, e dizer-te com a ternura que me embarga a voz: Amo-te muito, Mãe.